CAF: O Que é a Cirurgia de Alta Frequência?

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As lesões que acometem o colo uterino podem ser causadas por inflamações, alergias, infecções ou alterações hormonais. E quando a ferida tem potencial de evoluir para câncer, a chamada cirurgia de alta frequência (CAF) pode ser indicada para removê-la preservando o útero e a função reprodutiva da mulher. No entanto, o procedimento ainda é pouco conhecido entre a população, que desconhece como funciona e seus benefícios.

Qual o objetivo da cirurgia de alta frequência?

A cirurgia de alta frequência é um procedimento que substitui a maioridade das conizações, quando as lesões cervicais detectadas têm características específicas de localização e extensão, e trata lesões pré-cancerosas do colo do útero, da vagina e da vulva.

Em todo o mundo a cirurgia de alta frequência é extremamente popular porque, além de preservar o órgão afetado, ainda tem custo relativamente baixo e, ao remover uma seção específica da região afetada, possibilita o diagnóstico e tratamento completo da lesão.

O procedimento então é indicado para casos de lesões de alto grau no colo uterino, lesões análogas na vulva e vagina e também em alguns casos de lesões benignas, como cisto de Bartholin, cisto de Skene, lipomas, foliculites, dentre outros.

Como é feito o procedimento CAF?

Médica mostrando o procedimento CAF para a paciente

A CAF é realizada a partir de uma colposcopia: o médico verifica as características da lesão, aplica uma anestesia local na área afetada e então remove a ferida utilizando um dispositivo chamado “loop”, que conduz eletricidade de baixa voltagem e alta frequência.

Sendo assim, a cirurgia de alta frequência possibilita cortar os tecidos com danos mínimos ao órgão afetado. Após a remoção da lesão, os vasos sanguíneos passam por eletrocoagulação, evitando sangramentos. O procedimento dura, em média, 30 minutos.

É importante também destacar quais sintomas podem indicar uma possível lesão ou alteração uterina, vaginal ou na vulva. Em geral, os mais comuns são:

  • Dor na região pélvica;
  • Dor na relação sexual;
  • Sangramento vaginal anormal;
  • Sangramento menstrual duradouro;
  • Sangramento após a menopausa;
  • Sangramento após a relação sexual;
  • Secreção vaginal incomum, geralmente com sangue.

Após o procedimento, a paciente pode notar corrimento de consistência aquosa, às vezes com um pouco de sangue. Escapes de sangue também podem ocorrer e, na maioria das vezes, param por conta própria. Mas, caso isso não aconteça, atenção.

Caso o sangramento seja muito intenso e/ou duradouro, é necessário consultar o médico para uma nova avaliação e uma possível nova eletrocoagulação de cada vaso sanguíneo que começou a sangrar novamente, uma complicação rara (cerca de 10% dos casos), mas fácil de controlar.

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