No Brasil, cerca de 60.000 novos casos de câncer de próstata são descobertos a cada ano, e a melhor maneira de evitar isso é o mesmo que para muitas outras doenças: você precisa fazer exames preventivos para diagnóstico precoce e tratamento mais eficaz. Apesar disso, muitos pacientes ainda têm medo de fazer alguns testes, principalmente por causa do desconforto. É o caso da biópsia da próstata, um procedimento eficaz realizado em casos de suspeita de câncer, que garante bons resultados na determinação da existência ou não de patologia.

Uma biópsia é um procedimento no qual uma amostra de tecido é removida e enviada a um patologista para análise. A biópsia por agulha é o principal método usado para diagnosticar o câncer de próstata. A biópsia é realizada por um urologista usando ultra-som transretal para localizar a próstata. O procedimento envolve a inserção da agulha através da parede retal em direção à próstata. A remoção da agulha remove a amostra, que consiste em um pequeno cilindro (núcleo) de tecido.

Este procedimento é repetido várias vezes até que amostras suficientes sejam obtidas para serem enviadas ao laboratório de patologia. Após a biópsia, um antibiótico pode ser prescrito para evitar o risco de infecção. Nos primeiros dias após o procedimento, o paciente pode sentir desconforto ou até notar sangue na urina ou no sêmen.

Por que fazer esse procedimento?

Geralmente, uma biópsia da próstata é indicada quando o urologista suspeita da presença de câncer de próstata após avaliação clínica e laboratorial inicial. Os principais dados que levam o urologista a indicar uma biópsia são o aumento do exame PSA, o exame retal que identifica um tumor ou alterações na próstata ou o ultra-som que detecta uma suspeita de tumor.

Como é feita a biópsia de próstata

A maneira mais comum de realizar uma biópsia da próstata é através do reto, ou seja, pelo ânus. A biópsia retal é um procedimento simples, geralmente realizado no consultório do urologista quando o paciente está acordado durante todo o procedimento e apenas sob anestesia local. O procedimento é realizado com o paciente deitado de lado e joelhos dobrados.

O urologista insere a sonda de ultrassom no ânus, assim como a sonda usada para a ultrassonografia da próstata transretal, com a diferença de que uma agulha de biópsia também está conectada (siga a ilustração abaixo). Não se preocupe, porque a agulha permanece "escondida" o tempo todo, sendo exteriorizada apenas durante a amostragem de tecidos. O exame de anestesia é praticamente indolor, mas pode ser um pouco desconfortável para pessoas mais ansiosas.

Com a ajuda do ultra-som, o médico é capaz de identificar a próstata e a localização do nódulo suspeito (nódulos), inserindo a agulha exatamente no ponto em que o material é coletado. Além dos locais suspeitos identificados pelo ultrassom, o urologista também costuma coletar pelo menos 6 outras amostras difusas de tecido da próstata para aumentar a probabilidade de receber uma amostra positiva. Quanto maior o volume da próstata, mais amostras podem ser obtidas. Normalmente, o procedimento não dura mais de 10 minutos e o paciente pode voltar para casa mais tarde. O resultado do exame pode ficar pronto em até 30 dias úteis.